Artur: “Aumento do m¡nimo ‚ fundamental para o desenvolvimento”

(São Paulo) "O aumento do salário mínimo para R$ 420,00 e o reajuste de 7,7% na tabela do Imposto de Renda – zerando a inflação do governo Lula -, são questões fundamentais para o crescimento econômico e o desenvolvimento nacional. A marcha unificada das centrais sindicais no próximo dia 6, quarta-feira, faz parte da guerra da correlação de forças, da disputa pelo Orçamento público", declarou o presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, nesta quinta (30), durante intervenção no 3º Fórum Nacional dos Comitês Sindicais em Empresas Multinacionais, no Hotel Dowtown, em São Paulo.

Na avaliação do presidente cutista, "é decisivo que os trabalhadores, assim como os movimentos sociais, interfiram mais incisivamente, pressionando o governo e os parlamentares, a fim de que tenhamos um segundo mandato exitoso". Por isso, além da mobilização na capital federal pela parte da manhã, explicou, as centrais estarão realizando um Seminário no Congresso Nacional, a fim de interferir junto aos líderes partidários, apresentando a pauta de reivindicações dos trabalhadores. Na quinta-feira, dia 7, serão realizados encontros nos Ministérios.

Exemplo
De acordo com Artur, o Projeto Ação Frente às Multinacionais CUT-FNV (Federação Holandesa de Sindicatos) é um exemplo de como construir a unidade de ação naquilo que é estratégico e fundamental, articulando, organizando, mobilizando e pressionando em defesa da manutenção de direitos e ampliação de conquistas.

Questões prioritárias para a disputa pela hegemonia na sociedade, e que devem ganhar maior dimensão neste momento, frisou Artur, é a comunicação e a formação política e ideológica dos dirigentes e militantes cutistas. "Precisamos dar maior visibilidade às ações, acompanhar e divulgar as experiências positivas que possibilitam uma integração maior das distintas experiências das diferentes estruturas da CUT e dos Ramos", acrescentou. Conforme o presidente da CUT, "se nos anos tucanos foi necessária uma atitude fundamentalmente de resistência, contra os ataques do neoliberalismo, hoje é necessário retomar rapidamente a estratégia de formação política sindical, com a quinta maior central sindical do mundo capacitando e potencializando a intervenção dos seus dirigentes". Sublinhando que este é um objetivo que deve ser trabalhado em parceria com as CUTs estaduais e Ramos, "pois envolve finanças, gestão e formação", Artur defendeu "a interiorização da CUT, para que tenhamos maior capilaridade, fortalecendo as relações de unidade e solidariedade".

Contrapartida social
Um mecanismo importante de proteção aos trabalhadores que deve ser incorporado pelo governo, frisou Artur, é a contrapartida social, seja na defesa do emprego ou de direitos. "Para comprar a INCO, a Vale do Rio Doce teve de se comprometer a não demitir nenhum trabalhador nos próximos três anos. É um absurdo que em nosso país empresas que recebem recursos públicos não se comprometam com o emprego. É inaceitável que peguem dinheiro público do BNDES para reestruturações e inovações tecnológicas que ponham o trabalhador na rua e depois sejam utilizados recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para pagar seguro-desemprego", sublinhou. Artur defendeu também a adoção da obrigatoriedade do respeito à negociação coletiva e à criação de Redes Sindicais.

FNV
O consultor da Federação Holandesa de Sindicatos (FNV), Patrício Sambonino, elogiou os avanços obtidos com o Projeto CUT-Multi e reiterou o seu compromisso com a continuidade da exitosa parceria. "Quando temos projetos como esse, que apresentam resultados tão positivos e impactam com benefícios para os trabalhadores, pensamos sempre em algo de mais longo prazo. A FNV acredita neste processo e acredita que este é um avanço sem retorno", declarou.

Fonte: CUT

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