Banc rios realizam um Dia Nacional de Lutas nesta quinta-feira

(São Paulo) Três dias depois das negociações com a Fenaban em que os banqueiros se negaram a atender qualquer reivindicação, os trabalhadores do ramo financeiro promovem nesta quinta-feira (24) um Dia Nacional de Lutas com mobilizações e paralisações em todo o país. O objetivo dos protestos é mostrar para os bancos que os empregados estão unidos e querem negociações sérias para que as demandas sejam atendidas.

 

“Em duas rodadas de negociações, o setor mais lucrativo do Brasil já mostrou sua intransigência. Os banqueiros disseram não para todas as nossas reivindicações e demonstraram que não estão com a mínima vontade de atender nossa pauta. É assim todos os anos, sabemos que nunca conquistamos nada facilmente. Por isso, precisamos nos mobilizar para pressionar bastante e este Dia Nacional de Lutas tem que ser um aviso para os patrões: ou negociamos com seriedade ou vamos para a greve”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT.

 

Pouco depois do fim das negociações de segunda-feira, em que a Fenaban mostrou toda a sua ganância, os e-mails da Contraf-CUT ficaram lotados com mensagens de bancários revoltados com a postura dos bancos. Os e-mails também revelam a disposição da categoria para lutar por melhores salários e condições de trabalho.

 

“Frente a essa atitude dos banqueiros esperamos uma reação forte dessa Confederação, pois confiamos plenamente nessa diretoria e sentimos necessidade de uma resposta à altura dessa afronta”, disse uma das mensagens.

 

Em outra, o bancário já fala em greve: “Tendo em vista a ignorância dispensada pelos bancos com relação às negociações, creio que o caminho é uma preparação imediata, tanto na esfera legal quanto na mobilização das camadas, para uma greve em no máximo 20 dias”.

 

“Se os banqueiros não querem conversar é simples: vamos dar as costas como eles e deixar eles sentirem o gosto dos prejuízos pelos dias parados. Se ele ganham bilhões por ano com certeza perderão milhões por dia e aí sim vão querer nos ouvir e atender nossas reivindicações”, afirma outro e-mail.

 

Uma bancária do Tocantins reclama da falta de vontade dos banqueiros em negociar e resolver os problemas dos trabalhadores, principalmente em relação ao assédio moral. “No Tocantins, o superintendente do banco, em reuniões para cobrar metas, disse: o gato subiu no telhado como um aviso final. Os gerentes foram tratados, todos, como incompetentes, medíocres”, explicou sem revelar o banco.

 

“As mensagens que temos recebido pelos e-mails e pelos sindicatos mostram a disposição dos bancários em lutar nesta Campanha Nacional. No próximo dia 29, às 15h, temos nova rodada de negociação com a Fenaban. Esperamos que os protestos desta semana sirvam de alerta para os banqueiros e as discussões seja sérias”, finalizou Vagner Freitas.

 

Fonte: Contraf-CUT

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