Bancários da Paraíba dizem basta à enrolação dos banqueiros

Nesta sexta-feira (10), cansados do retrocesso e desrespeito aos seus direitos, conquistados em décadas de luta, bancários e bancárias da Paraíba fizeram um ato público em frente ao condomínio do Banco do Brasil, na Praça 1817, centro de João Pessoa, com retardamento da abertura das unidades do BB até às 11h. O evento fez parte do Dia do Basta, chamado pela Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB), outras centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcelo Alves, agradeceu a participação de bancárias e bancários que aderiram ao movimento em protesto contra os ataques aos direitos trabalhistas feitos pelo governo golpista e aproveitou o ensejo para dizer à sociedade que a categoria, em campanha salarial, repudia a atitude mesquinha dos banqueiros, que constroem seus lucros em cima da exploração dos bancários, clientes e usuários de serviços bancários.

“Basta de desrespeito aos nossos direitos, conquistados com muita luta, suor e lágrimas, principalmente os pactuados nesses 26 anos de existência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que vem sendo seriamente atacada pela nova legislação trabalhista, encomendada pelos apoiadores do golpe. Se os cinco maiores bancos tiveram lucro de R$ 77,4 bilhões em 2017 e apenas com a receita obtida com tarifas de serviços bancários conseguem cobrir todos os gastos com pessoal em 140%, basta de enrolação; basta de fechamento de agências por falta de segurança, deixando o povo ao ‘Deus dará’, inclusive em filas enormes decorrentes da falta de funcionários, afastados por doenças ocupacionais  ou demissões  imotivadas; basta de adoecimento dos bancários; basta de assédio moral pela obtenção de metas abusivas; basta de ataques aos bancos públicos, através de reestruturações para enfraquece-los e favorecer os banqueiros privados que apoiaram o golpe. Por tudo isso, conclamamos a população a entender os motivos pelos quais os bancários estão mobilizados e, caso os banqueiros se mantenham intransigentes, não nos resta outra saída senão usarmos nossa única arma de barganha, que é a greve. Essa luta é de todos nós; Todos por Tudo!”, concluiu Marcelo Alves.  

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