Bancários de Catanduva protestam contra perda de direitos no Itaú

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região paralisaram duas agências do Itaú e mobilizaram os funcionários na manhã desta quinta-feira (01), em Catanduva, contra as medidas implementadas pelo banco de forma arbitrária, tendo como base a reforma trabalhista. O protesto marca um dia de luta dos trabalhadores em todo o país, orientado pelo Comando Nacional dos Bancários.

Com faixas e palavras de ordem, os diretores também distribuíram material informativo e debateram os prejuízos da contrarreforma de Temer, sobretudo à categoria bancária.

No final de 2017, o Itaú já havia tentado promover alterações com relação à definição da data e período de férias, e seriam os departamentos Jurídico e de RH que definiriam as regras de acordo com as mudanças da nova legislação. Após mobilização do movimento sindical, a medida foi revertida.

Mas as maldades do banco não pararam por aí. Na semana passada, o Itaú, através de seu diretor de RH e Relações Sindicais, Sergio Farjeman, informou que as homologações não serão mais feitas nos sindicatos. A medida, parte do desmonte da CLT, tenta excluir as entidades sindicais das negociações nos processos de rescisão contratual, dificultando ao trabalhador a fiscalização do pagamento de todos os seus direitos, a reversão das demissões de pessoas com estabilidade e reduzindo, ainda, a possibilidade de se efetuar ressalvas nos documentos de homologações.

“O principal objetivo da medida é colocar os trabalhadores nas mãos dos patrões, acabar com as garantias legais, deixar o bancário desamparado e sem nenhum tipo de orientação, e à mercê das condições oferecidas pelo empregador, que serão cada vez mais precárias,” denuncia o diretor do Sindicato Carlos Alberto Moretto. 

Roberto Carlos Vicentim, presidente da entidade, explica que implementação da reforma permite que banqueiros negociem diretamente com os trabalhadores, fazendo com que o negociado se sobressaía ao que está definido na Lei, mesmo que acarrete em prejuízo aos bancários. “Se o funcionário não aceita o que é proposto pelo patrão, pode ser prejudicado em sua carreira profissional e até mesmo ser demitido. Por isso, a união de toda a categoria junto ao Sindicato é fundamental neste momento para barrar retrocessos e fortalecer a defesa e a manutenção dos direitos conquistados através de muita luta”, ressalta.

Devido ao acordo de dois anos, firmado na campanha de 2016, a categoria tem vários direitos garantidos até 31 de agosto de 2018. As negociações para a próxima Campanha Nacional também já foram iniciadas pelo movimento sindical para evitar perdas. 

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