BB: Lucro alto, assédio e perseguição exorbitantes

Na mesma semana em que divulga um lucro de R$ 11,1 bilhões em 2017, valor quase 55% maior em relação ao ano anterior, o Banco do Brasil faz mais decomissionamentos por ato de gestão, em perseguição a funcionários que conseguiram manutenção salarial por decisão judicial.

“O assédio começa quando a diretoria obriga as unidades locais a chamarem funcionários em salas reservadas e obrigá-los a aderir a um novo cargo com redução salarial. Invariavelmente são colegas que já provaram na justiça o erro do banco e conquistaram por decisão judicial a manutenção salarial com a jornada reduzida”, afirma Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

Segundo o dirigente sindical, contrariando até recomendações das assessorias jurídicas regionais do próprio banco, o BB tem utilizado do arbitrário e obscuro ato de gestão para promover assédio em diversas unidades em todo o país e burlar decisão judicial que deveria cumprir.

Para Wagner, o "ato de gestão" utilizado pelo BB é controverso e obscuro por não informar o motivo do descomissionamento do funcionário envolvido. Como não pode falar que é por perseguição ao direito do bancário reivindicar, o Banco apenas informa que foi por vontade da empresa, sem nenhuma explicação adicional.

Sindicatos dos bancários de todo o país estão fazendo denúncias nos diversos órgãos de fiscalização e realizando atividades sindicais para denunciar o assédio do BB. Em Belo Horizonte, por exemplo, durante o Dia Nacional de Luta contra as reformas trabalhista e da Previdência, os bancários repudiaram às práticas recentes de perseguição do Banco do Brasil aos funcionários com ações judiciais.

“A arbitrariedade da direção do banco é para implementar à força um plano de funções mal elaborado que tornou o BB a única empresa em que o funcionário sobe de cargo e seu salário é reduzido. Se tivesse negociado o plano de funções, não teria tanta ação judicial o questionando. Inconformado com as decisões judiciais em favor dos funcionários, o banco abusa do assédio e da força para aumentar o lucro reduzindo o salário de quem produz o ganho da empresa”, criticou o coordenador da CEBB.

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