Bradesco usa truculˆncia para for‡ar abertura de agˆncias em SP

(São Paulo) Como já aconteceu em campanhas passadas, o Bradesco utiliza artimanhas jurídicas para impedir a livre manifestação dos trabalhadores. Após a aprovação unânime dos bancários do Centro Velho de São Paulo pela paralisação por 24 horas, em assembléia nesta quarta, 20, a direção do banco foi à Justiça buscar interditos proibitórios e usou a Polícia Militar para tentar abrir as agências e forçar os funcionários a entrar para trabalhar.

“O banco não respeitou o direito constitucional de greve nem o desejo da categoria, expresso pelo voto. A incapacidade dos banqueiros de negociar, que já está clara pela recusa da Fenaban de apresentar propostas, ficou mais evidente”, afirma Juvandia Moreira, secretária-geral do Sindicato.

Banqueiros e juízes
No feriado de Sete de Setembro, a Febraban bancou a viagem de 47 juízes para um resort de luxo para assistirem a um seminário financeiro com uma programação nada estressante, desembolsando pelo menos R$ 182 mil, segundo estimativas conservadoras. O fato acionou o sinal amarelo dentro do próprio Judiciário. O Conselho Nacional de Justiça expediu um Pedido de Providências/Resolução vedando “a participação de magistrados em eventos que tenham por finalidade a promoção de interesses dos respectivos organizadores, que estejam ou possam ser objeto de ações judiciais”.

Interditos
Os interditos proibitórios tratam na verdade de preservação do patrimônio. Ao solicitá-los, os banqueiros dão a entender que os bancários promovem a “ocupação” dos seus locais de trabalho, o que na verdade não acontece.

Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb SP

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