Negocia‡äes com o Santander Banespa nÆo avan‡am

(São Paulo) A Contraf-CUT se reuniu novamente com a direção do Santander Banespa para discutir as questões específicas. O encontro desta quarta-feira, dia 25, aconteceu no prédio da Central.

 

“Este foi só mais um passo na busca de assegurar aos bancários um bom aditivo ao acordo da Fenaban. Ainda há muitos pontos pendentes e que precisam ser discutidos à exaustão”, disse a diretora do Sindicato de São Paulo, Rita Berlofa.

Para Marcos Benedito, da direção da Contraf-CUT e da Afubesp, somente a mobilização dos funcionários é que vão garantir avanços nas negociações com o Santander.


Veja abaixo as cláusulas discutidas na negociação:

Vale-refeição para afastados

Os trabalhadores oriundos do Banespa afastados por problemas de saúde tem direito a receber vale-refeição por 180 dias. Na negociação, a COE e o Sindicato quer estender esse direito para os outros funcionários do banco, que disse, na mesa de negociação, que vai seguir o acordo da Fenaban, ou seja, pagar apenas até o 15º dia antes do bancário ser afastado.

“Achamos uma crueldade castigar o trabalhador no momento de maior fragilidade. Este direito já está incorporado em seu custo de vida e a redução, além de ser uma política anti-social, é punitiva para quem adoece”, disse Rita Berlofa.

Estabilidade

A cláusula de estabilidade provisória a empregados em regime de pré-aposentadoria em 36 meses tem de mantida e deve a ser um direito a todos os funcionários do banco. Este ponto consta do acordo coletivo de trabalho dos funcionários do antigo Banespa desde 1985. “Isso dá tranqüilidade para quem está próximo à aposentadoria e é uma forma do banco reconhecer o trabalho de quem, durante a vida, ajudou na construção do patrimônio da instituição”, disse o diretor do Sindicato Mário Raia.

Entretanto, o banco aplicar o mesmo princípio da Fenaban, que estipula estabilidade de apenas 24 meses.

Pijama

A liberação remunerada pré-aposentadoria (cláusulas 36 e 48 da minuta), também conhecida por ‘pijama’ também foi discutida na negociação. Os bancários querem manter a cláusula.

“Ela é muito importante para o bancário, pois permite ao trabalhador ficar antes de se aposentar, 12 meses em casa, recebendo seus direitos como se estivesse na ativa. Essa cláusula também é um prêmio. Entretanto, o banco disse que vai acabar com ela, pois há um grande número de bancários, que após se utilizarem deste benefício, contestam-no na Justiça. Segundo o Santander Banespa, os bancários utilizam a cláusula e após conseguirem a aposentadoria, entram com ações judiciais cobrando indenizações”, afirmou o diretor do Sindicato Camilo Fernandes.

PCS

Os bancários querem a criação de um grupo para discutir os planos de cargos e salários, como forma de corrigir as graves distorções. Há bancários exercendo as mesmas funções, mas com salários diferentes. O banco disse que vai encaminhar esta discussão para o Comitê de Relações Trabalhistas.

“Essas distorções geram um grande descontentamento nos bancários, que querem o fim destas injustiças e um tratamento igualitário para aqueles que desempenham as mesmas funções”, esclarece disse o diretor da Fetec-CUT/SP, Sérgio Godinho.

Liberdade sindical

A Contraf-CUT também cobrou o livre acesso aos locais de trabalho para exercer seu direito de levar informações, fazer reuniões e esclarecer dúvidas pessoalmente com os bancários. O tema também será enviado ao Comitê de Relações Trabalhistas.

Abono para aposentados

A comissão de representantes dos funcionários quer que seja incorporado à complementação paga pelo banco aos bancários pré-75 o abano extraordinário. O banco disse que essa cláusula se encerrou no dia 31 de agosto.

“Acabar com esse direito traz um grande impacto, principalmente, para quem tem menores salários. É possível incorporar esse abono e é uma forma de valorizar a atuação desses trabalhadores, que dedicaram anos ao lado da instituição”, diz o secretário-geral da Afubesp, Marcos Benedito.

Jornada de trabalho

Todo bancário que vieram do Banespa tem direito a 15 minutos de descanso dentro da jornada de trabalho de seis horas. A COE quer a manutenção desse direito, estendendo-a a todos os funcionários do grupo. O banco quer manter para quem já tem, sem estender aos demais.

Melhorias

Durante a negociação, o Sindicato e a COE também discutiram outros pontos, em que o banco já deu sinal verde para renovar as cláusulas dos blocos 1 e 2 da minuta de reivindicações, caso haja a assinatura do acordo.

Fonte: Ricardo Negrão – Seeb SP

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