N£mero de assalto a banco sobe 82% em 2006 na capital paulista

(São Paulo) O número de assaltos nas agências bancárias não para de crescer. Clientes e bancários sofrem diariamente com a falta de segurança do sistema financeiro. No ano passado foram registrados 122 assaltos em agências bancárias na capital paulista, o que representa uma elevação de 82% em relação a 2005. Os dados são da secretaria de Segurança Pública do Estado.

Na avaliação do presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, a ausência de portas giratórias é um dos principais fatores que contribuem para a fragilidade da segurança nas agências bancárias. No Unibanco, houve a retirada sistemática das portas giratórias com detector de metais. No Banco do Brasil, as novas agências já estão sendo instaladas sem tal dispositivo de segurança. Outro fator decisivo no aumento de ocorrências é o número insuficiente de vigilantes por agências.

O diretor do Sindicato e da CUT, Daniel Reis, contesta os números disponibilizados pelo governo estadual e avalia que o número de assaltos a bancos é bem superior que o divulgado. “Só acompanhando os casos publicados na imprensa percebemos que a realidade é ainda mais preocupante. Nem todas as ocorrências são registradas em B.O. Os bancos preferem omitir o problema ao invés de evitar que eles aconteçam”, afirmou.

Apontar soluções e cobrar providências dos banqueiros estão entre as prioridades do Sindicato. “Entre as medidas que consideramos fundamentais estão investir na constante qualificação de vigilantes, que os bancários não portem mais chaves de cofres e manter dispositivos de segurança em pleno funcionamento ao lado das portas giratórias”, disse Luiz Cláudio Marcolino. “Essas são as reivindicações que vamos continuar defendendo na mesa de negociação com a Fenaban”, ressaltou.

Ainda neste mês está prevista a segunda rodada de negociações entre representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O espaço para debates é resultado das definições da Campanha Nacional dos Bancários de 2006.

Fonte: Elisângela Cordeiro – Seeb SP

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